Trama golpista: confira como será a 1ª semana do julgamento de Bolsonaro e outros réus
STF inicia julgamento de Jair Bolsonaro e aliados nesta terça (2/9) por suposta trama golpista para anular as eleições de 2022. Confira datas, réus e acusações.
A partir desta terça-feira (2/9), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus acusados de participação em uma suposta trama golpista para anular as eleições de 2022.
Cronograma da 1ª semana de julgamento
2/9 (terça) – 9h às 12h / 14h às 19h
3/9 (quarta) – 9h às 12h
9/9 (terça) – 9h às 12h / 14h às 19h
10/9 (quarta) – 9h às 12h
12/9 (sexta) – 9h às 12h / 14h às 19h
Na abertura, o presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, dará início à sessão. Em seguida, o relator da Ação Penal nº 2.668, ministro Alexandre de Moraes, apresentará o relatório, que funciona como um resumo do caso.
Logo depois, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para sustentar a acusação. Na sequência, cada advogado de defesa dos oito réus terá até uma hora para apresentar seus argumentos.
A expectativa é que a primeira semana termine com as sustentações orais, ficando o voto do relator, Moraes, para a sessão do dia 9 de setembro.
Quem são os réus do núcleo central
Alexandre Ramagem: ex-diretor da Abin, acusado de disseminar fake news sobre fraude eleitoral.
Almir Garnier Santos: ex-comandante da Marinha, teria colocado tropas à disposição em reunião sobre o golpe.
Anderson Torres: ex-ministro da Justiça, acusado de assessorar juridicamente Bolsonaro; minuta do golpe foi achada em sua casa.
Augusto Heleno: ex-ministro do GSI, teria participado de live para desacreditar urnas eletrônicas.
Jair Bolsonaro: apontado pela PGR como líder da trama para se manter no poder após a derrota eleitoral.
Mauro Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator, participou de reuniões e trocou mensagens sobre o golpe.
Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa, teria apresentado minuta de decreto golpista a comandantes militares.
Walter Souza Braga Netto: único réu preso, acusado de obstruir investigações e financiar acampamentos golpistas.
Crimes imputados
Os réus respondem por:
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
participação em organização criminosa armada;
dano qualificado;
deterioração de patrimônio tombado.
O ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, responde apenas por três crimes, após decisão do STF que retirou parte das acusações.
