Homem é preso acusado de ameaçar Felca após denúncias contra Hytalo Santos
Polícia prende homem acusado de ameaçar Felca após denúncias sobre Hytalo Santos; youtuber relata viver sob escolta e carro blindado.
Prisão por decisão judicial
Um homem acusado de ameaçar de morte o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, foi preso pela Polícia Civil de São Paulo nesta segunda-feira (25). A prisão ocorreu após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), emitida em caráter de urgência no dia 17 de agosto.
Ameaças e investigações
Felca, que recentemente publicou um vídeo denunciando casos de adultização nas redes sociais e citando o influenciador paraibano Hytalo Santos, relatou ter recebido ameaças de morte e acusações falsas de pedofilia. O TJ-SP ordenou que o Google Brasil fornecesse em 24 horas informações de identificação do responsável por um e-mail utilizado nas ameaças, incluindo dados cadastrais e IPs de acesso.
Medidas de segurança
Devido ao risco, Felca passou a andar em carro blindado e acompanhado de seguranças. Em entrevista ao podcast *PodDelas*, ele afirmou:
“[Estou recebendo] muitas [ameaças], de assuntos delicados. Muitas, muitas. Comecei a andar com carro blindado e segurança. Muitas ameaças, sim. A questão das bets, por exemplo, vieram muitas ameaças. A questão da adultização existe uma ameaça de processo. Provavelmente existe e a gente conta com isso, que vai existir alguns processos aí. Mas é o lado da verdade. Se ninguém fala, ninguém vai falar.”
Vídeo sobre adultização viralizou
O vídeo intitulado “Adultização”, com 50 minutos de duração, levou cerca de um ano para ser produzido e contou com apoio de uma psicóloga. Nele, Felca denuncia a exploração de menores em redes sociais e alerta para os riscos da exposição de crianças na internet.
“Eu realmente mergulhei no lamaçal. Foi muito aversivo fazer esse vídeo. É terrível a gente olhar essas cenas. Dá vontade de chorar, de vomitar, é terrível. Mas, sem essa gota, o oceano seria menor. Então, vale a pena fazer”, disse.
Debate público sobre proteção infantil
Após a repercussão, o caso trouxe à tona discussões sobre os direitos de crianças e adolescentes no ambiente digital. Felca ressaltou que muitos conteúdos infantis atraem públicos nocivos:
“Você vê que o público dessa criança, por exemplo, não são pessoas que estão engajadas no conteúdo que a criança está fazendo. É um público de pedófilos. Você vê nos comentários que são pessoas mandando coraçãozinho, falando para mostrar mais. Os pais incentivam isso porque entendem que existe o universo de consumidores sobre isso. Os vídeos monetizam, e os pais expõem a criança a isso”, alertou.
A prisão do acusado representa um avanço no caso, mas as denúncias seguem repercutindo e fortalecendo o debate sobre segurança digital e proteção de menores nas plataformas online.
