Descaso com paciente em tratamento de hemodiálise em Mata de São João
Vereadora denuncia falta de transporte para paciente em hemodiálise em Mata de São João, que depende de vaquinha para tratamento.
Vereadora expõe caso grave na Câmara
A vereadora Kennya Potência (PC do B) denunciou, durante sessão realizada em 4 de agosto na Câmara de Mata de São João, a situação crítica enfrentada por uma mulher de 33 anos diagnosticada com insuficiência renal. A paciente, mãe de cinco filhos e que preferiu não ser identificada, depende de transporte regular para realizar hemodiálise, já que o hospital Eurico Freitas, localizado na sede do município, não possui estrutura adequada para o seu caso.
Paciente enfrentou risco de AVC e precisou ser transferida
De acordo com relatos, a paciente deu entrada no início de junho na UPA de Praia do Forte com pressão arterial de 25×20. Em seguida, foi transferida para o hospital Eurico Freitas, onde permaneceu internada enquanto aguardava regulação. Com suspeita de insuficiência renal e pressão elevada, a família foi orientada pelo médico responsável a retirar a paciente da unidade.
“Ele disse que o hospital não tem UTI e que não estava faltando nada para minha irmã ter um AVC (acidente vascular cerebral)”, relatou a irmã da paciente ao Portal A TARDE.
Posteriormente, surgiu uma vaga no hospital geral Dantas Bião, em Alagoinhas, para onde ela foi transferida e iniciou o tratamento de hemodiálise.
Alta condicionada a tratamento em clínica especializada
Após a constatação da falência renal, a paciente precisou ser vinculada a uma clínica de hemodiálise para dar continuidade ao tratamento. Sem vagas em Camaçari e Lauro de Freitas, conseguiu cadastro na Hemovida, em Alagoinhas, utilizando um comprovante de endereço emprestado.
Transporte precário e dependência de vaquinha
A distância entre sua residência, em Imbassaí, e Alagoinhas gerou um novo desafio: o transporte. Como o Transporte Fora do Domicílio (TFD) não cobre a localidade, a Prefeitura ofereceu apenas R$ 200 por mês para auxiliar no deslocamento. O valor, no entanto, equivale a apenas uma corrida de aplicativo entre os dois municípios, inviabilizando o tratamento contínuo. Para não perder a vaga, a paciente recorreu a uma vaquinha enquanto aguarda transferência para uma unidade mais próxima.
Secretaria de saúde justifica e promete solução
A secretária de saúde de Mata de São João, Tatiane Rebouças, afirmou que, por apresentar comprovante de residência em outro município, a paciente não teria direito às diárias custeadas pela gestão municipal. Ainda assim, ela garantiu que está buscando viabilizar uma transferência para uma clínica em Camaçari, que ficaria mais próxima da residência da paciente.
