Redução da jornada de trabalho e fim da escala 6×1 avançam no Congresso
Congresso avança em proposta para reduzir jornada de trabalho e acabar com escala 6×1, adotando modelo 4×3, com apoio de Lula.
Reuniões na Câmara e no Senado
O debate sobre a redução da jornada de trabalho semanal no Brasil avançou nesta quinta-feira (14) no Congresso Nacional. Uma comitiva liderada pela deputada Érika Hilton (PSOL-SP) se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-SP), para tratar do tema. Segundo a parlamentar, Motta se comprometeu a criar um plano de trabalho para discutir os próximos passos da proposta. O encontro contou com representantes sindicais de diversas categorias.
Discussões no Senado
No mesmo dia, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado debateu o fim da escala 6×1. Especialistas defenderam a redução gradual de 44 para 36 horas semanais, destacando benefícios à saúde, produtividade e qualidade de vida. O senador Paulo Paim (PT-RS), autor do requerimento, ressaltou que a carga horária atual está em vigor há quatro décadas e precisa de atualização.
Apoio político e histórico do debate
Em maio, durante os protestos do Dia do Trabalho, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Paulo Azi (União Brasil), afirmou que priorizaria a tramitação da PEC que propõe o fim da escala 6×1. A proposta também tem apoio do presidente Lula (PT), que, em pronunciamento nacional, defendeu a necessidade de equilibrar vida profissional e bem-estar dos trabalhadores.
O que muda com a proposta
Hoje, a Constituição permite jornadas de até oito horas diárias e 44 horas semanais, o que equivale a seis dias de trabalho e um de folga. A PEC propõe manter as oito horas diárias, mas reduzir a carga semanal para 36 horas, com quatro dias de trabalho e três de folga, no chamado modelo 4×3.
