Trump publica decreto com tarifas globais e confirma Brasil como maior atingido
Trump assina decreto com tarifas globais e confirma o Brasil como o país mais atingido, com taxa total de 50% sobre produtos exportados aos EUA.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (31) um decreto que impõe novas tarifas comerciais a dezenas de países, alterando a data de início do chamado “tarifaço” de 1º de agosto para daqui a sete dias, quando as novas taxas entrarão oficialmente em vigor.
Apesar de várias nações terem sido incluídas na medida, o Brasil aparece como o mais impactado, com tarifa total de 50% — resultado da soma de uma tarifa já existente de 10% e uma sobretaxa adicional de 40%, assinada por Trump um dia antes, na quarta-feira (30).
Entre os países afetados pelas novas tarifas estão:
- Síria: 41%
- Suíça: 39%
- África do Sul: 30%
- Venezuela: 15%
- Índia: 25%
- Taiwan: 20%
- Canadá: 35%, com possibilidade de sobretaxa de 40% em redirecionamento de produtos
O decreto também formaliza acordos com países como Vietnã, Japão, Indonésia e Filipinas, além de elevar a tarifa do Canadá de 25% para 35%, após críticas públicas de Trump à suposta “inação” do governo canadense.
“Eles têm cobrado tarifas muito, muito altas dos nossos agricultores, algumas acima de 200%, e têm tratado nossos agricultores muito mal”, justificou o presidente americano durante evento na Casa Branca.
Apesar da sobretaxa, o Brasil foi beneficiado por uma lista de exceções que contempla cerca de 700 produtos, o que gerou certo alívio para setores da diplomacia e da indústria nacional. No entanto, a confirmação da maior tarifa imposta entre todos os países elevou o tom de preocupação no governo brasileiro.
Nos bastidores, autoridades avaliam que motivações políticas também pesaram na decisão, especialmente após recentes declarações de Trump cobrando o governo brasileiro por sua postura em relação ao ministro Alexandre de Moraes e à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A tensão entre os dois países segue elevada, e negociações diplomáticas continuam sendo articuladas nos bastidores para tentar amenizar os efeitos econômicos da medida.
