sexta-feira, 5 dezembro 2025
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O São João Bate à Porta: A Bahia Se Prepara Para Dias de Tradição, Forró e Emoção

É véspera. Hoje é 18 de junho, e a Bahia inteira parece segurar o fôlego na espera pelo que está prestes a começar.

Falta apenas um dia para o início das celebrações de São João, e já não há como esconder a vibração que toma conta do interior do estado. O cheiro de milho cozido e amendoim torrado invade as ruas, os ensaios de quadrilha ecoam pelos bairros, as bandeirolas já balançam nas janelas e as primeiras fogueiras começam a ser empilhadas com cuidado. Em Cruz das Almas, Castro Alves, Gandu, Irecê e tantas outras cidades que fazem do São João um patrimônio vivo, o povo afina a alma e abre o peito para a festa mais esperada do ano.

O que vem aí não é apenas uma programação de shows e eventos — é uma manifestação de pertencimento, de fé e de resistência cultural. Cruz das Almas, com sua história marcada pelas tradicionais espadas e pelo forró que ressoa de cada esquina, já vive o clima de São João há semanas. Por trás de cada bandeirinha pendurada, há uma memória costurada com afeto. As famílias limpam as calçadas, preparam o licor de jenipapo, colocam o milho no fogo e vestem seus trajes típicos como quem se prepara para algo sagrado. Em Cruz, o São João não se assiste, se vive — e de perto.

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Em Castro Alves, cidade que carrega poesia no nome e no coração, o São João é um espetáculo popular que transforma praças em palcos e ruas em corredores de lembrança. Cada passo de dança é uma celebração do tempo, cada trio que se apresenta é uma aula de história em ritmo de xote. O povo de Castro sabe receber, sabe festejar e sabe mostrar que tradição também é futuro. A cidade já se encontra pronta para ser tomada por vozes, passos e sorrisos.

Lá no sul, Gandu também já está vestida de São João. As luzes coloridas se refletem nos olhos das crianças que esperam ansiosas pela abertura da festa, e os moradores preparam suas casas como se recebessem visitas queridas — e estão mesmo. Porque o São João também é isso: um convite coletivo à alegria. Em Gandu, cada detalhe importa: o sabor do licor caseiro, o som da sanfona afinada com carinho, o cuidado com as roupas juninas que atravessam gerações. É um pedaço da Bahia que canta alto, dança junto e acolhe com alma.

No sertão, Irecê se organiza como quem vai receber o mundo — e vai. Com sua estrutura de grandes eventos e seu coração de cidade pequena, ela mistura tudo o que o São João tem de melhor: tradição, segurança, beleza, calor humano e música de primeira. A cidade já respira sanfona, e os primeiros visitantes já começam a chegar. As barracas estão montadas, os trios afinando, e o povo só esperando a primeira batida do zabumba pra começar a festa que transforma o sertão em um mar de gente e alegria.

Amanhã, dia 19, os eventos começam a ganhar forma, as postagens começam a aparecer, os registros de cada cidade invadem as redes, e a Bahia mostra, mais uma vez, por que é referência quando se fala em São João. Mas hoje, no dia 18, o convite é outro: é pra imaginar, sentir, preparar o coração. Porque quando a Bahia decide celebrar, não há quem resista. E o São João que se aproxima não vai ser apenas bonito — vai ser inesquecível.

Então venha. Venha de onde estiver, venha com quem quiser, venha viver essa festa com os pés no chão de terra batida, com o coração leve e a alma aberta. Vem sentir o calor da fogueira, o abraço do povo, a força da música que não deixa ninguém parado. Vem pro São João da Bahia. Porque quando ele chega, é impossível não atender.

SÃO JOÃO NA CAPITAL é uma realização da 585 Studios, com apoio do Governo do Estado, através da Superintendência de Fomento ao Turismo – Sufotur.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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