sexta-feira, 5 dezembro 2025
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Denúncia aponta favorecimento e filas na madrugada por vagas no Minha Casa Minha Vida em Jequié

População de Jequié denuncia humilhação e possível privilégio na distribuição de senhas para inscrição no programa Minha Casa Minha Vida. Moradores dormem em filas para tentar atendimento.

Moradores de Jequié denunciam humilhação e suposto privilégio na inscrição do Minha Casa Minha Vida

Moradores de Jequié denunciam filas na madrugada e possível privilégio na distribuição de senhas do Minha Casa Minha Vida. Pessoas em vulnerabilidade social relatam humilhação para conseguir se cadastrar.

Famílias vulneráveis dormem em filas e relatam irregularidades na distribuição de senhas para cadastro no programa habitacional

Moradores do município de Jequié, no Vale do Jiquiriçá, denunciam situações de humilhação e possível favorecimento na distribuição de senhas para cadastro no programa Minha Casa Minha Vida. Famílias em situação de vulnerabilidade afirmam que têm enfrentado madrugadas em filas na tentativa de conseguir atendimento para a inscrição no programa social.

“Estamos sem abrigo, com frio, sem falar na insegurança, e obrigados a passar a madrugada em frente à Secretaria de Infraestrutura, esperando atendimento para tentar um cadastro”, relatou um dos moradores.

Segundo os relatos, o setor de Habitação da Prefeitura determinou a distribuição de apenas 100 senhas diárias, sendo 50 no turno da manhã e 50 à tarde, o que tem gerado aglomeração e longas filas de espera.

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Privilégio e exclusão de moradores da zona rural

A denúncia aponta ainda uma possível distribuição privilegiada de senhas, que estaria dificultando o acesso ao programa para moradores da zona rural. Segundo um denunciante, pessoas que saem de comunidades mais afastadas estão sendo informadas de que não haverá novas distribuições de senha, o que aumenta a revolta e a sensação de exclusão.

“Pessoas estão vindo da zona rural e têm sido dispensadas com aviso de que não vai haver distribuição de novas senhas”, afirmou um dos moradores.

O Governo Federal prevê a construção de 496 unidades habitacionais no município, com investimento superior a R$ 81 milhões, destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social.

Grupos prioritários alegam não estar sendo atendidos

A própria Prefeitura de Jequié divulgou que teriam prioridade no atendimento pessoas com deficiência, com transtorno do espectro autista, pessoas idosas, crianças e adolescentes, além de pacientes com câncer ou doenças raras crônicas e degenerativas, conforme prevê a legislação vigente, incluindo os estatutos da pessoa com deficiência, do idoso e da criança e do adolescente.

No entanto, moradores relatam que nem mesmo essas prioridades estão sendo respeitadas.

“Não adianta divulgar e não cumprir. Se pessoas com necessidades especiais estão sendo desrespeitadas, imagine quem não esteja nessa condição”, comentou outro cidadão.

Diante das denúncias, a população cobra transparência, fiscalização e revisão no processo de triagem e atendimento, especialmente diante da importância do programa para famílias em extrema vulnerabilidade habitacional na região.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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