Quatro detentos fogem de presídio superlotado em Teixeira de Freitas após cavar buraco na cela
Quatro presos fugiram do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, na Bahia, após cavarem um buraco na cela. Presídio operava com superlotação. Este é o terceiro caso em sete meses no estado.
Presos por crimes como homicídio, tráfico de drogas e estupro escaparam na madrugada desta segunda (7); polícia realiza buscas
Quatro detentos fugiram do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, na madrugada desta segunda-feira (7). De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap), os presos cavaram um buraco na parede da cela, que dava acesso ao lado externo da unidade.
As buscas pelos foragidos foram iniciadas por policiais militares, enquanto a Polícia Civil abriu investigação para apurar as circunstâncias da fuga.
Presídio operava com mais que o dobro da capacidade
Conforme dados do site da Seap, o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas tem capacidade para 298 internos, mas custodia atualmente 627 detentos, o que representa mais de 300 presos acima da capacidade prevista.
Foragidos respondem por crimes graves
Segundo informações da TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia, os fugitivos foram identificados como:
- Felipe de Freitas Lima – preso por tráfico de drogas e homicídio;
- Gilmar Rodrigues de Souza – preso por tráfico de drogas e homicídio;
- Joales Jesus de Souza – preso por estupro;
- Paulo Sérgio Gomes Cardoso – preso por homicídio.
Terceira fuga registrada na Bahia em sete meses
Este é o terceiro caso de fuga em unidades prisionais da Bahia desde dezembro de 2024. Os episódios anteriores foram:
Junho de 2025: três detentos escaparam do Conjunto Penal de Feira de Santana, no bairro Aviário. Foram recapturados horas depois, na zona rural, após denúncia de moradores;
Dezembro de 2024: 16 detentos fugiram do Conjunto Penal de Eunápolis após homens armados invadirem a unidade e trocarem tiros com a segurança. Um dos fugitivos morreu em confronto com a PM; os demais seguem foragidos. A então diretora da unidade, Joneuma Silva Neres, é investigada por suposto envolvimento na ação.
A fuga em Teixeira de Freitas reacende o alerta sobre superlotação carcerária e fragilidade da segurança nas unidades prisionais do estado, exigindo resposta urgente das autoridades baianas.
