Aliados de ACM Neto temem desgaste de Bruno Reis e impacto nas eleições de 2026
Aliados de ACM Neto demonstram preocupação com o impacto da crescente rejeição a Bruno Reis em Salvador. Crises acumuladas podem afetar o desempenho eleitoral de Neto em 2026.
Crises na prefeitura de Salvador alimentam preocupação com cenário político da capital baiana
O acúmulo de crises políticas na gestão do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), começa a gerar fortes preocupações dentro do grupo político liderado por ACM Neto, ex-prefeito da capital e ex-candidato ao governo da Bahia. Nos bastidores, cresce o receio de que o desgaste de Bruno respingue diretamente no desempenho de Neto nas eleições de 2026, especialmente em Salvador, considerada reduto decisivo para seus projetos eleitorais.
Desde que foi reeleito, Bruno Reis tem enfrentado uma sequência de episódios negativos que ampliaram a insatisfação popular. Logo após as urnas, anunciou o aumento da tarifa de ônibus, seguido pela manutenção da taxa do lixo, alvo de críticas desde sua criação. Além disso, escândalos como a Operação Overclean, que investigou o empresário Samuel Franco, amigo próximo do prefeito, e a recente greve dos professores da rede municipal aumentaram a pressão sobre a gestão.
Aliados apontam falhas na contenção das crises
Entre aliados de ACM Neto, a avaliação é que o atual prefeito não conseguiu desarmar os problemas herdados ou criados no início do segundo mandato. Pelo contrário, “acendeu novos pavios”, segundo fontes próximas. A impressão é de que Bruno tem cometido erros estratégicos que alimentam a rejeição crescente da população — um fator que, segundo membros da base, pode comprometer a permanência da capital como principal trunfo eleitoral do grupo.
A situação se agrava diante da percepção pública de descuido, especialmente após viagens internacionais a lazer realizadas por Bruno Reis em meio a crises internas na cidade.
Salvador como base eleitoral fundamental
A capital baiana sempre foi o principal bastião de ACM Neto, garantindo vitórias expressivas em diversas eleições, inclusive no primeiro turno da disputa estadual de 2022. Agora, com a possibilidade de disputar novamente o governo da Bahia em 2026, a imagem do grupo em Salvador torna-se ainda mais estratégica.
Integrantes do União Brasil e lideranças aliadas defendem que seja feito um esforço para reorganizar a comunicação da prefeitura e reaproximar Bruno da base social que o elegeu. O temor é que, sem essa reconstrução de imagem, Neto pague a conta política da rejeição do atual prefeito, num momento decisivo para o futuro do grupo.
