terça-feira, 22 outubro 2024
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Por ordem de Moraes, PF apreende celular de perito em caso de mensagens vazadas

O ministro Alexandre de Moraes ordenou a apreensão do celular do perito Eduardo Tagliaferro durante depoimento à Polícia Federal. A ação faz parte da investigação sobre o vazamento de mensagens envolvendo aliados de Bolsonaro.

Por ordem de Moraes, PF apreende celular de perito em caso de mensagens vazadas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a apreensão do celular do perito Eduardo Tagliaferro nesta quinta-feira, 21, enquanto ele prestava depoimento à Polícia Federal em São Paulo. A medida foi tomada no contexto de um inquérito sigiloso que investiga o vazamento de mensagens entre auxiliares do gabinete de Moraes no STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Tagliaferro, que foi chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, teve seu celular confiscado após recusar a entrega voluntária do aparelho durante a oitiva. O delegado, munido de um mandado de busca pessoal emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, procedeu com a apreensão do dispositivo.

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A apreensão do celular atual de Tagliaferro ocorre em meio à suspeita de que as mensagens divulgadas pela Folha de S. Paulo possam ter sido extraídas de um celular anterior, que esteve em posse da Polícia Civil de São Paulo em maio de 2023. Tagliaferro, no entanto, nega veementemente ter sido responsável pelo vazamento.

A investigação sobre o vazamento das mensagens foi iniciada de ofício por Moraes, que considerou a possibilidade de vazamento “criminoso”. Em seu depoimento, Tagliaferro reiterou que não divulgou as mensagens e afirmou que jamais colocaria sua vida em risco ao fazer isso.

A apreensão do celular foi criticada pelo advogado de Tagliaferro, Eduardo Kuntz, que questionou a legalidade da medida, afirmando que seu cliente foi convocado como testemunha e que a apreensão de seu celular sem que ele fosse formalmente investigado é irregular.

“Ele foi intimado como testemunha para prestar esclarecimentos. Ao final, o delegado pede o telefone. Ora, a investigação se dá por conta da apreensão ilegal de um telefone. Eu não concordei e não concordo, como defesa. Orientei meu cliente a não fazer a apresentação espontânea do celular, sem uma ordem judicial”, declarou Kuntz.

A ação marca mais um capítulo nas investigações que envolvem figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, à medida que as autoridades buscam esclarecer o vazamento de informações sensíveis relacionadas ao processo eleitoral e à atuação do TSE.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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