quinta-feira, 24 outubro 2024
spot_imgspot_img

Mata de São João prioriza festas em detrimento de recursos para saúde hospitalar

Falta de recursos básicos em saúde contrasta com altos gastos em festividades em Mata de São João, gerando debates sobre as prioridades do governo local.

Controvérsia em Mata de São João: Grandes festas e falhas na saúde

Em Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador, a gestão municipal investiu pesadamente nos festejos juninos, comprometendo mais de R$ 2 milhões apenas em cachês para artistas renomados. Enquanto isso, o setor de saúde do município sofre com a falta de recursos básicos, como o serviço de gesso no hospital local.

Despesas elevadas com festividades

As celebrações incluirão performances de grandes nomes da música brasileira, como Adelmário Coelho, Alcymar Monteiro, Tarcísio do Acordeon e Simone Mendes, com cachês que chegam a custar centenas de milhares de reais. Além disso, a prefeitura desembolsou significativamente em decorações luxuosas, incluindo um “varal de luzes” e uma fogueira cenográfica, totalizando um gasto de mais de R$ 120 mil em itens decorativos.

Fique ligado! Participe do nosso canal do WhatsApp! Quero Participar

 

mata de são joão prioriza festas

Fogueira cenográfica feita de tubos de esgoto que custam menos de R$ 120/metro custou ao município R$ 8.660|  Foto: Reprodução

 

mata de são joão prioriza festas

Varal de luz com 3,5 mil metros de extensão, ao custo de R$ 25,50 o metro|  Foto: Reprodução

Problemas na saúde pública

Contrastando com os gastos das festividades, o Hospital Municipal Eurico Goulart de Freitas enfrenta deficiências críticas. Um incidente que ganhou atenção foi o de um idoso que precisou de imobilização para uma fratura, mas, devido à falta de um profissional gesseiro, teve que usar uma tala improvisada de papelão. Este caso elevou as preocupações sobre as prioridades do prefeito Bira da Barraca (União Brasil) e a administração do município em relação aos serviços básicos de saúde.

Resposta da prefeitura

Em defesa, a prefeitura explicou que o paciente foi atendido adequadamente pelo SAMU e que a imobilização improvisada foi uma medida temporária enquanto aguardava a transferência para uma unidade especializada em traumatologia para a cirurgia necessária. A administração municipal também destacou que o uso de gesso é um procedimento realizado sob supervisão ortopédica na Policlínica Municipal, reforçando que o atendimento seguiu os protocolos adequados apesar das limitações emergenciais.

COMPARTILHE ESTE POST:

Marina Carvalho
Marina Carvalho
Jornalista dinâmica especializada em multimídia e narrativa digital, com 10 anos de carreira. Liderou projetos de jornalismo móvel, trazendo inovação e interatividade para a cobertura de notícias.
MAIS NOTÍCIAS

Mais populares